Aqui há tempos andava a ver uma atividade extra escola para a Matilde e por conveniência e falta de vaga na natação acabou por ser o ballet. Ela foi experimentar, gostou da dinâmica e da professora. E ficou. Passado uns tempos, a Leonor, ainda no alto dos seus 2 anos acabados de fazer, começou a imitar a mana sempre que chegávamos a casa das aulas e era um verdadeiro drama porque ela também queria participar. Começou em outubro. E tudo bem! Elas gostam, mais a pequenina até do que a crescida, … mas a verdade é que não sou a mãe ideal para meninas do ballet! Não percebo nada do que têm de vestir, não sei fazer o penteado, não tenho brilhantes em casa nem faço ideia onde se compra (nem me apetece comprar!).
Nunca estou ligada nos avisos nem me entusiasmo muito com a dinâmica. Mas reconheço valor na atividade. Dá-lhes alguma disciplina, responsabilidade e postura. A professora é muito meiga com as miúdas e não faz filme se me esqueci dos sapatos, se levam o cabelo solto ou se simplesmente hoje decidiram que não vão participar. Tenta convencê-las mas lá respeita o espaço delas e o facto de serem miúdas ainda pequenas. Isso para mim é importante.
E depois… o sarau!! “ah e tal, vamos fazer um Sarau, na Casa das Artes!” Está bem, … sem perceber a dimensão da coisa e tudo o que iria envolver. Escusado será dizer que devo ter sido a última mãe a fazer a lista de material… “rede de quê? Grampos, o quê? E onde se compra?” “E meias, e…” sei lá!!
E não aprecio aquela confusão, o nervosismo das pessoas à volta do espetáculo, nem toda a logística envolvida. Definitivamente não fiquei fã de nada disso.
Mas adorei ver as meninas em palco, adorei vê-las dançar, gostei de ver o empenho delas, a naturalidade com que subiram ao palco e brilharam.
As minhas duas pipocas foram ratinhos na história da Cinderela e estiveram tão bem. Como é que a minha Leonor, com dois anos e meio apenas, foi capaz de subir ao palco e encantar daquela forma. Sempre fora de tempo, porque as pernas são pequeninas, mas de sorriso no rosto e uma felicidade incrível. E refletiu bem a relação que têm com a Clarisse, a professora.
Fiquei orgulhosa delas e feliz com a felicidade delas. E muita da felicidade passou pela oportunidade de vestir um fato novo e de pôr brilhantes na cara 🙂
Daniela
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