animais em festa

Adoro festas!

Adoro preparar festas! Escolher os pormenores todos…

Gosto de festas com temas, de decorações personalizadas. Gosto de escolher até os recipientes onde vou colocar os alimentos. Gosto de receber pessoas e do tempo que passo com elas. Gosto de ver a alegria das pessoas pelo convívio e pelos reencontros.

Para a escola, não é diferente. Gosto que seja significativo para elas de alguma forma. Tenho optado por levar sempre bolos feitos em casa, bem simples e quase sem açúcar. E depois fazemos juntas a decoração do bolo. Este ano a Leonor já escolheu. Foram os animais da selva. Escolhemos as imagens, que depois mandei imprimir em papel autocolante e fizemos uns toppers muito simples. Mas ela ficou tão contente e até já diz melhor elefante e girafa.

bolo leonor

Para os amiguinhos, em vez de uma prenda para cada um, fomos à fnac e elas escolheram um livro para oferecer à sala. O Coelhinho Dorminhoco. Foi o fantoche que as cativou!

A educadora contou e ficou lá. É uma prenda para todos.

livro leonorNoutras ocasiões de aniversário, escolhemos jogos para a sala da Matilde ou fui lá contar uma história!

Fica a ideia para quem anda por aí a pensar no que oferecer aos amiguinhos!

Daniela

2 anos de Leonor

2 anos de “Nônô”! Dois anos em que a nossa família está mais completa.

Foi muito difícil ir para o hospital e deixar em casa a minha bebé Matilde de 17 meses. Nunca tinha estado longe dela e chorei parte do caminho até ao Porto. E se não corresse bem?! Preocupei-me. Como é que ela se iria sentir aqueles dias sem mim? Pensaria na sua cabeça, ainda tão bebé, que a tinha abandonado?

Antes de ficar internada no hospital, lembro-me de tirar uma última foto grávida e de pensar que ia ter saudades da barriga, de ter a Leonor só para mim e de a sentir mexer. É uma sensação única!

Queria que nascesse! Que corresse tudo bem e voltar para casa. Mas quando nasceu, senti que não podia ter pressa. Que devia aproveitar a minha bebé aqueles dias só comigo. Dizem que ao segundo já não há grandes surpresas e que já estamos preparadas para tudo. Mas para mim não foi assim! A Leonor era a minha primeira segunda filha e tudo foi novo! Cada bebé é um bebé e cada mãe é uma mãe diferente para cada um dos seus filhos. Por mais que digam que a educação, a casa e os pais são os mesmos, eu não acho! Nós somos um misto das mães que idealizamos ser, com aquilo que os filhos nos deixam ser e com o que conseguimos fazer nas diferentes fases de vida por que vamos passando.

Olho para ela, com um misto de angústia e tranquilidade, ao ver que já está crescida e, apesar de lhe chamar bebé, a verdade é que já não é bebé! Fico feliz pela decisão de ter tido uma segunda filha. Fico feliz com a sua boa disposição, com as suas gargalhadas deliciosas, com a alegria que a caracteriza. É uma bebé que me trouxe muitos desafios. Mas é uma menina muito meiga e sorridente!

Parabéns bebé!

 Daniela

foto: bethsantosfotografia.com

as miúdas ficaram de molho

As miúdas ficaram de molho. De molho na banheira. É a única hipótese de voltarem à escola, no dia seguinte, com unhas apresentáveis depois de uma ida à horta.

Costumámos sair da escola ainda cedo, e neste tempo, o cedo parece ainda mais cedo! Contingência de morarmos num apartamento, quase sempre vamos até ao parque, a um jardim ou simplesmente caminhamos pela rua. Faz-lhes bem estar cá fora!

Um destes fins de tarde, resolvi trocar o parque pela horta do sr. Joaquim que mora ao lado do avô.

Ainda demorei um bocado a explicar-lhes que os legumes vêm da terra, do chão e que é preciso cuidar deles para crescerem, porque os da nossa casa costumam vir da frutaria!!

Acharam estranho, nem sabiam muito bem o que fazer… mas foi só começarem a arrancar cebolas que a vergonha e o receio passaram. Ficaram por lá imenso tempo. A mexer em alfaces, curgetes, pepinos, … e na terra! Muita terra. Quase sempre a Leonor é a mais aventureira e a que mais gosta de se sujar.

Foi um fim de tarde diferente para elas que não têm quintal cá por casa e aprenderam nomes de legumes, aprenderam que é preciso regar as plantas para crescerem… e no dia seguinte ajudaram a preparar a sopa e a salada com “a colheita” do dia anterior!

por Daniela

o Capuchinho Branco e o Leão

o capuchinho branco

Umas das coisas que faço muito com as miúdas cá em casa são pequenos teatros ou reinventar histórias. É uma excelente forma de expandir vocabulário, de promover o uso de frases mais compridas de forma adequada ou até algumas expressões sociais. Além de que apela ao uso da imaginação de forma livre.
Seja como uma atividade escolhida por nós ou integrada numa rotina propensa a desacordos, como por exemplo sair da banheira! Quase sempre resulta em choradeira, mesmo com todas as negociações possíveis. Elas adoram o banho, as brincadeiras, os “mergulhos” e o momento em si.
Um destes dias ao secar a Matilde, disse-lhe que parecia o Capuchinho Branco.

“Como o Capuchinho Vermelho, mamã?”
E foi o início de uma história nova. Em que a Capuchinho Branco ia ao parque brincar e no caminho encontrou um Leão, que por sinal era a Leonor. O Leão pregou um susto (coisa que a Leonor adora fazer!!) e a Capuchinho Branco “Aiiiiiiii” e fugiu… para o parque.
“Então e o que fez o Leão?”
“Também foi ao parque e brincou no escorrega com a Capuchinho Branco!”
“Vitória, vitória,
acabou a história.”

(Matilde 3 anos e 5 meses; Leonor 23 meses)

por Daniela

4 anos de Piratinha

Quatro anos de Piratinha… mas muitos mais de amizade!
Conhecemo-nos na universidade quando fomos fazer o curso de terapia da fala. E nunca imaginámos que esta amizade se manteria ao longo de tanto tempo. Na verdade, nem éramos muito próximas nessa altura. Mas como somos de localidades relativamente perto acabamos por nos cruzar profissionalmente! E ainda bem!

Não vivemos uma sem a outra. Falamos praticamente todos os dias, seja ao telemóvel, mensagens ou skype. Há sempre qualquer coisa para partilhar!
Esta amizade e cumplicidade que nos une passa muito para o nosso trabalho. Somos ambas perfecionistas e exigentes, gostamos de rir e imaginar, temos um perfil comunicativo muito semelhante… por norma quando uma pensou numa ideia ou história, a outra já vem com uma forma de concretizar porque pensou em algo semelhante.

Quando começamos esta aventura, a Sónia tinha um filho e tudo era mais calmo. Entretanto nasceu a Matilde no nosso primeiro ano de piratinha. E no seguinte a Leonor e a Clara. Sim, estivemos grávidas exatamente na mesma altura, tanto que as miúdas nasceram com uma semana de diferença. E a família Piratinha aumentou consideravelmente! Foram muitas noites mal dormidas, bebés pequeninas a tiracolo, criar novas histórias, novos jogos e foi preciso ter muita energia para equilibrar tantos pratos na balança. Só com uma amizade que sabemos ser absolutamente incondicional (já passámos por tanto juntas que nada nos abala) e a tolerância e paciência que temos uma com a outra foi possível fazer crescer os nossos filhos de forma harmoniosa ao mesmo tempo que foi crescendo o Piratinha!

Venham muitos mais anos juntas, com os nossos filhos juntos a partilharem momentos!
E venham mais desafios, porque é disso mesmo que gostámos!

No mundo das Piratinhas pretende ser um espaço onde partilhamos, com quem nos segue, um bocadinho do nosso dia a dia com azáfama do trabalho e dos filhos. Uma partilha de ideias de atividades que procuram ser significativas no desenvolvimento dos nossos filhos e que realizamos no papel de mãe, com um toque de terapeuta da fala e uma pitada de Piratinha.

por Daniela e Sónia

fotos: bethsantosfotografia.com

estou a transformar-me num Hulk rosa

Estou a transformar-me num Hulk Rosa. É o que acontece quando as miúdas escolhem brincar com plasticina. Mexer, inventar e amassar resulta sempre em unhas rosa.

Deixo-as brincar e inventar mas gosto de participar nas brincadeiras. Vou seguindo a iniciativa delas e aproveito para construir ideias e para explorar conceitos.

A educadora da M. tem andado a trabalhar na sala o corpo humano e as funções. O que tem despertado muito o interesse e curiosidade dela. Nos desenhos, numa semana só fazia riscos e na seguinte já desenhava “pessoas completas”. Por isso, decidimos fazer um menino.

Não tirei foto ao boneco final, mas teve direito a cabelo e chapéu!

A mãe tentou fazer uma árvore, mas a Matilde acha que parece uma bruxa!

E claro que lá tínhamos de fazer umas pulseiras… com brilhantes e um relógio. Para cada uma!

por Daniela

a Matilde e a Leonor

As minhas filhas têm 17 meses de diferença entre elas (sim, por opção!). São irmãs muito próximas em tudo. Nas brincadeiras, nos interesses, no uso das roupas, na alimentação e até nas dinâmicas de educação. Para mim, como mãe, está a tornar-se cada vez mais fácil gerir a atenção e as atividades que escolhemos fazer, as saídas, as histórias, etc.

Já conseguimos fazer saídas de um dia inteiro sem grandes condicionantes, como jardim zoológico, parques, passeios, … e ambas aproveitam e se divertem.

Planeio sempre atividades em que as duas usufruam e já não é complicado. Se for algo mais dirigido para a Matilde, que já tem 3 anos, não há problema, porque acabo por dar mais atenção à Leonor.

As fases do desenvolvimento da linguagem são relativamente próximas e a Matilde é muito condescendente com a irmã e ajuda, protege, cuida! Se se pegam? Sim, muitas vezes. Mas faz parte de serem irmãs.

Há dias, ou melhor, momentos mais difíceis para gerir nas nossas rotinas. Mas fico de coração cheio quando vejo a forma como interagem, como se gostam, como se agarram e como já não vivem uma sem a outra. Tenho a certeza que foi o melhor que lhes podia dar!

por Daniela