gritar, só que não!

gritar, só que não!

Esta fase do ano é particularmente difícil para todos! Estou cansada, é um facto! O ano letivo já vai longo, o calor aperta e já só apetece pensar em praia, piscina, parque ou qualquer coisa assim descontraída!

Nesta fase há dias em que a minha paciência já não é a mesma. Eventualmente, costumo esperar mais um pouco, dou mais tempo às miúdas para resolverem os conflitos e tenho mais capacidade para negociar nas situações de desacordo. Há momentos em que consigo ter a lucidez e a distância necessárias para pensar que elas também andam cansadas, que também precisam de descansar da rotina. Que tal como eu, não tiveram férias no natal, páscoa, carnaval ou sei lá!

A verdade é que há momentos em que eu precisava de gritar um bocado mas as miúdas não precisam que grite com elas! De todo.

Não lhes ensino absolutamente nada com isso! Apenas que podemos resolver conflitos emocionais de forma desajustada.

Este é um aspeto que, como mãe, dou muita importância! O crescimento emocional delas! O que é muito difícil, porque além de mães somos muitas outras coisas e debatemo-nos com o nosso próprio crescimento emocional.

Por isso, um dos compromissos que assumi comigo própria é encontrar pequenos momentos em que só cuido de mim, como fazer uma caminhada, ir ao ginásio, tomar café com as amigas ou algo em que tento desligar do mundo por alguns momentos. Além do bem que me faz à saúde, também me faz bem à alma e traz-me paz de espírito. Acho que todas as mães deviam ter um momento diário pessoal. Um momento em que não são mães, companheiras, nem “salvadoras da pátria”. São só pessoas à procura de espaço para si próprias!

Daniela

foto: bethsantosfotografia.com